Numa ilha de ilusões e cercada de prazeres ilícitos, procuro
refúgio na solidão, que me acolhe e abraça como um manto em que uma mãe envolve
sua cria. Fazendo assim, que lembranças de momentos vividos, em um passado não
muito distante, me venham à cabeça de tal maneira a me fazer refletir em uma
vida.
Vivida talvez com muito orgulho e às vezes, arrogância, mas as quais não
lhe têm arrependimento nenhum, já que situações inusitadas e encontros
inesperados me trouxeram até aqui. Onde procuramos refúgio um no outro, e de
forma pacifica nossos olhares se confrontam, demonstrando sentimentos puros e
dores obscuras do passado de cada um, fazendo que tudo a nossa volta seja
apenas um ecoar de um barulho qualquer e tumulto, ao qual tenho repúdio.
E nesse momento percebo que mesmo com doces palavras e
olhares, apenas o toque dos nossos lábios satisfaria meu desejo. Desejo que não
se vai com outros pensamentos, mas que só aumenta a cada segundo desse momento.
Talvez de forma estranha eu esteja amando, talvez de forma estranha
eu esteja apaixonado, talvez de forma estranha eu não diferencie as duas
coisas. Tornando-me assim, de forma clara, amante da loucura. Loucura que
prefiro chamar de você.