quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Analogias fúteis de um pensamento fútil:


Professora, meu cachorro comeu meu dever de casa”. Olhares incrédulos. Risadas audíveis. E se não me engano uma forte repressão transmitida através de uma advertência escrita, que mencionava a falta de respeito ao mestre. Quem diria. Meu cachorro realmente tinha comido meu dever de casa.

Mas não é esta a graça da história. É apenas uma analogia fútil e descontraída do fato estopim. Sem querer e até mesmo sem sentido algum, relacionei essa historinha vazia com a chamada “aprendizagem de sentimentos”. Nunca ouviu falar? Bem, vou explicar. A aprendizagem de sentimentos é uma caixinha bem pequenininha que fica guardada no lugar menos frequentado do cérebro: um lugar que alguns costumam chamar de razão. Ela desperta a partir do momento que você se deixa tomar pela irracionalidade e ela acaba destruindo seus maiores valores. Então a caixinha se abre.

O que acontece depois? A resposta é óbvia. Você passa a ver sentido em tudo àquilo que sente, começa a deixar de lado o ceguismo que o coração implanta. Assim como eu passei a ver sentido depois que recebi a advertência em relação à falta de respeito (apesar do fato ser verdadeiro, ainda sim feriu o ego do meu mestre), o nosso sentimento é assim.

Ficou claro que o amor não é simplesmente querer estar perto. Amor é ser você mesma. Exato, se existe uma definição para amor é essa: ser você mesmo. Sem rótulos, sem repressão, sem mentiras ou máscaras moldadas.

Amar é lidar com as manias, com os erros, com os palavrões fora de hora, com o cabelo bagunçado, com o improviso e principalmente com o passado. Ressalva para isso, amar é esquecer os fatos errôneos e seguir 
em frente. Mas esquecer pra valer.

Mas é, diferente do meu dever de casa, nenhum cachorro vai comer a sua razão. Você vai acabar fazendo isso. Sozinho. Quando? Como? A partir do momento que seu olhar se cruzar com o de alguém e um sorriso tímido se abrir. Ai meu caro, tenho uma noticia pra te dar.




domingo, 17 de fevereiro de 2013

Monólogo.


Tão bom sentir orgulho de você mesmo, não acha? Quando você consegue tirar uma nota boa naquela matéria que você tem dificuldade, quando você ajuda um amigo a ser um pouco mais feliz, quando consegue fazer algo manual bonito e direito, sendo que você não tem dom pra isso, quando você conquista algo que tanto almejou ter. Tem sensação melhor?? Não. Não pra mim. E eu estou muito feliz por estar sentindo isso hoje.

Há um tempo atras eu menti pra mim mesma sobre você. Pensava que tinha superado e que todas aquelas conversas, gírias engraçadas e momentos bons ao seu lado não passavam de uma paixonite da cabeça de uma moça que se achava madura o suficiente. Até aqueles abraços que você fazia questão de me dar, faziam me sentir segura e que me davam a certeza de que eu seria só sua e você só meu. Mas ao te ver inesperadamente, não foi bem assim. Aquele frio na barriga e todo aquele sentimento que parecia ter se dissipado, voltou como um boomerang que foi lançado pra bem longe. Fui vítima do meu próprio monólogo.

Mas como toda incógnita, a matemática é lógica. Nem sempre justa, mas lógica. Ver você me chamar e não sentir como se estivesse numa montanha-russa me deixou muito satisfeita. Uma conversa sadia, nada a acrescentar.

As gírias permaneceram, e pelo jeito, até as risadas. Mas ter te superado, realmente foi novidade. Eu acho.